capaNo dia 9 de julho, a Câmara Municipal de Cruzeiro realizou Sessão Solene em comemoração ao 83º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932. A solenidade foi realizada na rua, próximo à Escola Municipal Dr. Arnolfo de Azevedo, palco de importantes acontecimentos do Movimento.
A comemoração do aniversário da Revolução de 32 foi instituída pela Câmara em 2004, com base na Lei Orgânica do Município, que estabelece em suas disposições transitórias que os participantes de ações bélicas na Revolução de 1932 são Heróis do Município. Cruzeiro foi nomeada como a Capital da Revolução Constitucionalista de 1932 por Lei Estadual em 2008.
Compuseram a mesa da solenidade o presidente da Câmara, Diego Miranda (PSDB), o prefeito Rafic Zake Simão (PMDB), o comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar do Interior, tenente-coronel Hélcio Vieira, o comandante da 4º CIA da Polícia Militar, capitão Cláudio Yuri, o comandante do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro e Guaratinguetá, primeiro-tenente Paulo Roberto Reis, a Delegada Seccional Sandra Maria Pinto Vergal, o comandante do Tiro de Guerra, sargento Marcelo Sampaio, e o coordenador da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, José Celso Bueno.
O mestre de cerimônias foi o jornalista Evando Machado, que no início passou a palavra para o presidente da Câmara, Diego Miranda, abrir a sessão. Após a execução do Hino Nacional e do Hino de Cruzeiro, Evando leu um breve resumo do que foi a Revolução de 1932, o maior confronto militar no Brasil do século XX.
O Movimento Revolucionário despertou o sentimento patriótico dos paulistas e simpatizantes da causa. Muitos vieram de outros estados e, como voluntários, morreram ao lado de estudantes, engenheiros, advogados, médicos, lavradores, operários, ferroviários, motoristas, etc. Muitos desses eternos anônimos beiravam a casa dos 60 anos de idade, outros, mais moços, tinham apenas 15 ou 16 anos.
Não foi um movimento separatista, mas uma luta exigindo uma Constituinte e defendendo a democracia. Após três meses de luta, os paulistas se renderam. Cruzeiro, que teve grande importância por estar na divisa com o estado mineiro, foi o último município a se render. O armistício foi assinado na Escola Dr. Arnolfo de Azevedo. Dois anos após o combate, em 1934, veio a convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte.
A comemoração dos aniversários da Revolução de 32 serve para não deixar que se apague a chama dos ideais que moveram aqueles heróis, e para continuar honrando e perpetuando a memória daqueles homens e mulheres, combatentes de 1932, defensores dos ideais e princípios democráticos.
A Câmara veio dizer à sociedade que há no calendário da história de São Paulo uma data que não pode ser esquecida... jamais!
O vereador Thales Gabriel Fonseca (PCdoB) falou em nome da Câmara Municipal em homenagem aos combatentes do Movimento, e o vereador Sérgio Antônio dos Santos (PDT) falou em nome das famílias dos combatentes do período.
Falaram também sobre a Revolução de 32 o sargento Marcelo Sampaio e o tenente-coronel Hélcio Vieira. José Maria de Azevedo, da Academia de Letras de Piquete leu o poema “As trincheiras da Mantiqueira”, que pode ser lido na íntegra no link http://bit.ly/1HZ9x1c.
O artista plástico cachoeirense Roberto de Araújo Mendes doou um quadro de sua autoria ao Núcleo Capitão Neco da Sociedade de Veteranos MMDC-32. Ao receber o quadro, Luciana Vilela, presidente do Núcleo, explicou que o trabalho da Sociedade é recolher armamentos da época e desenvolver outras atividades de preservação da memória da Revolução de 32.
A delegada seccional Sandra Vergal também declamou um poema, com grande emoção – a “Oração ante a última trincheira” (http://bit.ly/1fDtKiI), de Guilherme de Almeida, considerado o poeta da Revolução de 32.
Ainda ocuparam a tribuna com memórias dos combates e das comemorações relativas ao Movimento de 32 a munícipe Cristina Cirino, a ex-vereadora Aurora Motta e o prefeito Rafic Zake Simão.
O Núcleo Capitão Neco da Sociedade de Veteranos MMDC-32 realizou então a entrega de Diplomas de Honra ao Mérito a famílias de combatentes do período e também a pessoas que se dedicam à preservação da memória da Revolução de 32.
O vereador Diego Miranda (PSDB) encerrou a solenidade, trazendo a notícia de que o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) se comprometeu a desarquivar do Projeto de Lei que transforma Cruzeiro na Capital Nacional da Revolução Constitucionalista de 1932.
Além dos vereadores já citados, também estavam presentes o vice-presidente da Câmara, Charles Fernandes (PDT), o segundo-secretário Antonio José Tavares (PTC), Juarez Juvêncio dos Santos (PSB), Carlos Alberto Ribeiro (PR), Marco Aurélio Siqueira da Rocha (PR) e Antonio Carlos Marciano (PTB)


01 mesa


02 vereadores


03 simbolos


16 publico-frente


17 publico-costas