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A 39ª Sessão Ordinária, realizada na noite do dia 21 de novembro, foi produtiva para a população de Cruzeiro e região. Logo na abertura, o presidente Diego Henrique Rodrigues Miranda iniciou com o pequeno expediente e os debates, mais uma vez, levaram os vereadores a tecer comentários sobre a fragilidade na prestação de serviços de saúde no município, principalmente tendo a Santa Casa de Misericórdia como referência. 
Naquele momento, havia chegado a notícia de que a Santa Casa havia fechado suas portas mais uma vez e que os munícipes estavam desamparados. Em um aparte, o vereador Thales Gabriel Fonseca solicitou que todos os vereadores aproveitassem o momento e fossem de imediato à instituição de saúde buscar soluções junto aos responsáveis, no caso o chefe de Gabinete e interventor, Claudinei Soares de Oliveira e o secretário de Saúde, Wagner Streitenberger.

Quando os vereadores chegaram, foram informados de que o senhor Claudinei não se encontrava e que o secretário de Saúde havia acabado de deixar as dependências do hospital. Os edis foram recepcionados pela doutora Vitória Costa, esposa do vice-prefeito eleito, Dr Davi Mota Costa. A médica salientou as dificuldades da Santa Casa em honrar os compromissos e que estava faltando até medicamentos básicos, como dipirona. Ressaltou, também, que a falta de pagamento por plantões era uma das causas para que profissionais da medicina não quisessem mais trabalhar na instituição. Outros médicos se juntaram para expor seus pontos de vista em relação à discussão. 

Mesmo com salários atrasados e com excesso de trabalho, alguns ainda atuam para que a população não sofra ainda mais com as consequências administrativas. O vereador e prefeito eleito Thales Gabriel Fonseca reiterou a todos os presentes que, naquele momento, ninguém deveria pensar em revanchismo político, mas sim em buscar uma solução para que a Santa Casa não fechasse suas portas e perdesse, assim, o grau de referência.Gabriel 1


“A situação é preocupante, pois se a Santa Casa fechar mais uma vez suas portas, poderá perder o grau de referência e o Governo federal limitar ainda mais os recursos repassados. Assumo o compromisso aqui de que, quando começar meu mandato ano que vem, calcular de uma vez por todas as dívidas da instituição e honrá-las parceladamente e as despesas que começarem na minha gestão serão pagas em dia. Há uma incógnita hoje quando se referem a valores e repasses e isso é uma falha administrativa. De quanto precisa e quanto é repassado?”, afirmou Thales Gabriel.
O vereador Antônio Carlos Marciano entrou em contato com o secretário de Saúde, Wagner Streitenberger, que voltou ao local para atender os vereadores. Conduzidos a uma sala de reunião, os edis ouviram as palavras do responsável pela pasta da Saúde. “Não posso afirmar que essa dívida da Santa Casa possa ser paga agora. A Prefeitura não tem dinheiro. Amanhã, por exemplo, entrarão R$ 350 mil, mas há um comprometimento de aproximadamente R$ 800 mil para pagamento de questões trabalhistas e outros”, disse. Solícito aos questionamentos dos vereadores, respondeu as perguntas e tentou dar explicações a todos os problemas.
Mário Roberto Notharangeli, vereador pelo Solidariedade, questionou o valor dos honorários pagos aos plantonistas e se estes cumprem a jornada de 24 horas, já que houve uma informação de que um dos médicos deveria ter entrado às 19 horas, porém só chegou à meia noite.
O presidente da Casa de Leis, vereador Diego Henrique Rodrigues Miranda, salientou que o Executivo não está dialogando e repassando informações ao Legislativo o que causa inúmeros transtornos. “O que eu peço é que, principalmente em razão das circunstâncias, o Executivo dialogue com o Legislativo para que possamos fazer acontecer. Seria mais fácil que as ações do Executivo fossem comunicadas ao Legislativo para que, nesse momento de gestão de crise, gerenciemos com mais facilidade e rapidez as situações”, reiterou.
Ao final da reunião, o procurador jurídico da Prefeitura, Magno Abreu, e o interventor e chefe de Gabinete, Claudinei Soares, chegaram, mas só o primeiro expôs sua fala. “Precisamos analisar o que pode ser feito de imediato, sem utopia, para que a Santa Casa possa oferecer seus serviços”, em resumo, salientou.
Todos os vereadores, ao final da reunião, saíram pela porta de triagem, que foi reaberta para atendimento ao público.

 

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