No dia 04/02 (quinta-feira), foi realizada na Casa de Leis a Audiência Pública para “Prestação de contas da Santa Casa de Misericórdia de Cruzeiro e apresentação do Plano de Trabalho 2016”.
Representando o legislativo, estiveram presentes o presidente Diego Miranda (PSDB), o primeiro-secretário Thales Gabriel Fonseca (PCdoB), o segundo-secretário Antonio José Tavares (PTC) e os vereadores Antonio Carlos Marciano (PTB), Carlos Alberto Ribeiro (PR), Juarez Juvêncio dos Santos (PSB) e Sergio Antonio dos Santos (PDT).
Além da interventora da Santa Casa, Maurian Beatriz Ramos, o poder executivo foi representado pela secretária de Saúde Ana Inês Chaves, pelo procurador jurídico Magno José de Abreu, pelo chefe de gabinete Claudinei Soares e pelo secretário de Finanças e de Obras Gabriel Diego de Almeida. O dr. Luiz Claudio, da empresa que presta consultoria à Santa Casa, também compôs a mesa da Audiência.
Participaram ainda no plenário a assessora técnica de saúde Claudia Belchior, a secretária de Desenvolvimento Social Claudia Pascoal, o ex-vereador dr. Davi Mota Costa, o presidente da Casa dos Conselhos Rogério Miranda, o deputado estadual Padre Afonso Lobato e o vice-prefeito Rafic Zake Simão.
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Inicialmente, a interventora Maurian Beatriz e o consultor Luiz Claudio apresentaram a prestação de contas desde o início da intervenção da prefeitura – a partir de outubro de 2015 – e a situação financeira da Santa Casa durante o ano passado, demonstrando que houve acentuada queda nos pacientes atendidos e internados no segundo semestre, além de uma diminuição pela metade na média de faturamento privado a partir de outubro, como pode ser visto nos gráficos apresentados pela interventora.
Foi relatado que o plano de recuperação da Santa Casa conta com o pagamento dos repasses atrasados da prefeitura, além da retomada dos pagamentos mensais. A prefeitura se comprometeu a pagar em parcelas os repasses devidos, além de fazer os pagamentos dos próximos repasses referentes ao Pronto Socorro. A ideia é que, uma vez retomada a capacidade operacional, sejam restabelecidas as verbas provenientes de convênios e atendimentos particulares, e que com estas verbas somadas aos repasses municipais, estaduais e federais a Santa Casa possa ser autossustentável.
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Também está prevista a diminuição de custos e aplicação de novo modelo de gestão, mas como explicado por Luiz Claudio cerca de 90% dos custos da Santa Casa são fixos, o que dá uma pequena margem para economia de recursos, e mesmo que o hospital diminua o atendimento pouco é economizado.
Após a explanação feita, os vereadores fizeram alguns questionamentos, o deputado Padre Afonso e o vice-prefeito Rafic realizaram considerações, e foi Â
O prazo previsto para a intervenção é de 180 dias, ou seja, terminaria ao final de março deste ano, e há um consenso de que se for prorrogada deve ser por menos tempo, no máximo 90 dias, pois a ideia da intervenção é de resolver os problemas e devolver a administração ao hospital, já que se trata de uma instituição privada.
Os funcionários da Santa Casa estão em greve, mantendo 50% de funcionamento como exigido pela lei, e reivindicando o pagamento integral do 13º salário de 2015 e das férias atrasadas, além do pagamento de uma cesta básica em espécie e outra em dinheiro até a quitação das oito cestas pendentes. A administração fez uma contra-proposta de pagamento do 13º em quatro parcelas e das férias em atraso, e do pagamento do valor de R$85 pelas cestas básicas, mas ainda não houve acordo.
Veja neste link a apresentação realizada pela interventora Maurian Beatriz na íntegra.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social - CMC